Como reduzir os custos do plano de saúde da sua empresa e alavancar a produtividade dos seus colaboradores

19 de junho de 2020
Compreenda Fatores que manipulam o prêmio dos planos de saúde

Este artigo aborda uma questão de extrema relevância no ambiente corporativo nos dias atuais. O objetivo é mostrar como você pode reduzir os custos do plano de saúde da sua empresa e alavancar a produtividade. O ponto de partida aqui é o aumento desproporcional do prêmio dos planos de saúde empresariais. 


Com base em artigos científicos publicados em esfera global, a proposta aborda estratégias de companhias pequenas, médias e grandes das mais diversas áreas de atuação. De maneira humanizada, o plano é valorizar cada vez mais a saúde dos colaboradores. Em paralelo a isso, otimizar a utilização de recursos financeiros e aumentar a produtividade. Isso ocorre por meio de programas que visam a prevenção de doenças, bem como a valorização da empresa por parte dos colaboradores.


Após saber sobre o real impacto da saúde do colaborador nos resultados da empresa, você terá as diretrizes. Desta forma saberá onde e como focar a sua energia e seus investimentos para manipular com inteligência a equação dos reajustes dos prêmios do plano de saúde.


Cenário propício para reduzir os custos do plano de saúde e alavancar a produtividade

Muitas empresas, em especial as de pequeno e médio porte, trocam de planos de saúde com frequência. Elas fazem isso porque acreditam ser importante para a redução/otimização do custo. Por se tratar de uma questão complexa, muito tempo e recursos financeiros são utilizados para essa tomada de decisão. Neste cenário, nosso objetivo é demonstrar neste artigo como podemos otimizar a utilização destes esforços para reduzir os custos do plano de saúde e alavancar a produtividade.


Em primeiro lugar, ainda que a tendência neste momento de pandemia seja o online, é fato que os adultos passam mais tempo de segunda a sexta-feira trabalhando. Somente este motivo já nos dá a base para entender que o ambiente de trabalho, independente de onde seja (home office, escritório, fábrica, coworking, entre outros) se configura como o cenário ideal para implementação de ações sustentáveis. 


Neste caminho, adotar hábitos saudáveis e incentivar em si e nos seus colaboradores a mudança no estilo de vida certamente trará bons frutos. Exemplo disso é o motivo que lhe trouxe até aqui: o objetivo de reduzir os custos do plano de saúde e alavancar a produtividade.


Este é apenas um primeiro passo para um impacto muito maior do que você imagina.



A influência do ambiente de trabalho na saúde dos colaboradores 

Ações propostas no ambiente de trabalho em prol da saúde individual e coletiva levam reflexos extremamente positivos à vida do colaborador e, automaticamente, da empresa. Isso ocorre por meio de procedimentos específicos de prevenção implementados na cultura organizacional. A partir deles, companhias comprovam a redução de riscos, a prevenção de doenças e outras mudanças positivas nos hábitos de seus colaboradores. Além de cuidar do clima na empresa, somam-se ganhos para colaboradores, famílias, cidades, até mesmo em nível global. 


Um estudo feito em diversos países* e publicado em 2016 pela Revista Ciência & Saúde aponta que companhias que implementam uma boa política de prevenção de doenças, sejam elas físicas ou mentais, veem melhores resultados na produção. Além disso, os reflexos também podem ser notados quando se contabilizam as faltas de colaboradores (absenteísmo).


Vale lembrar que a constante mensuração de resultados desses programas é essencial para tomadas de decisões certeiras. Fatores relevantes neste processo: divisão de trabalhos, hierarquia, tipo de gestão, jornadas de trabalho, turnos, ritmo, intensidade de tarefas, etc.


Em suma, são muito positivos os impactos dos programas de benefícios nas corporações e na vida de trabalhadores dos mais diversos níveis de atuação. Portanto, se o plano de saúde da sua empresa pensa em prevenção, está no caminho certo.


A sinistralidade e a forma que os funcionários utilizam o plano de saúde são fatores que podem ajudar a compreender o que está pesando mais no reajuste dos mesmos. Além disso, outro ponto importante a ser avaliado em pesquisas são os hábitos de seus colaboradores. Desta forma, reduzir os custos do plano de saúde torna-se viável, desde que escolha boas estratégias.



Percepção de ausências não planejadas sobre equipes

Colaboradores que não têm hábitos saudáveis adoecem com maior frequência e, justamente por isso, faltam mais vezes ao longo do ano por problemas de saúde. Na maioria das vezes, gripes, resfriados e outras infecções comuns são fatores que causam em média três dias de absenteísmo (por pessoa, por ano) nas empresas.

Os reflexos financeiros que o absenteísmo causa nas empresas são desproporcionalmente maiores do que os gastos com profissionais da saúde e medicações. Um estudo prospectivo sueco também constatou aumento significativo de ausências curtas por motivo de doença para aqueles que trabalham em escritórios abertos e compartilhados. No segundo caso, trabalhadores têm, em média, dois episódios de resfriado comum do que aqueles em escritórios particulares. 

Além disso, a ausência não planejada é uma causa de significativa preocupação no controle de custos no local de trabalho, além da queda na produtividade. Uma pesquisa feita em 2014 com 512 trabalhadores norte-americanos mostrou que o absenteísmo também demonstra impactos negativos sobre a equipe. Conclui-se pelo estudo que 69% das pessoas acredita que quando alguém falta aumenta a carga de trabalho, 61% observa que aumenta o estresse, 59% acha que atrapalha o trabalho dos outros e 48 % afirma que fere a imagem do time.

Os custos das perdas relacionadas ao trabalho e produtividade

De acordo com estudos realizados por pesquisadores da OMS, o impacto financeiro do absenteísmo dos funcionários e da diminuição da produtividade devido à falta de saúde é 2 a 3 vezes mais oneroso do que os custos médicos e farmacêuticos de trabalhadores doentes.


A implementação de um plano de cuidados com a saúde no local de trabalho e nas residências reduz o impacto econômico da doença em 27% por ano até 2023, bem como diminui os casos de doenças crônicas em 40 milhões de dólares anualmente. Ainda mais quando se planeja todos os tipos de prevenção: primária - bem-estar e promoção da saúde para manter as pessoas saudáveis; secundária - triagem para detecção/diagnóstico precoce; e terciária - tratamento anterior baseado em evidências para reduzir complicações e incapacidade. 


Um ambiente de trabalho seguro e sem riscos aliado a um bom programa de manutenção da saúde dos colaboradores ajuda a reduzir os custos do plano de saúde e reivindicações de remuneração dos trabalhadores. Desta forma, é possível observar a redução das faltas e melhorias na qualidade da produção. 



Todavia, a construção de um projeto de saúde ocupacional deve envolver planejamento, organização, políticas, benefícios e apoios ambientais. Nesse sentido, poderá atender às necessidades de saúde e segurança de todos os colaboradores de uma companhia.


Fator potencializador: as doenças crônicas

As condições crônicas, a exemplo de doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes, obesidade, depressão, entre outras, normalmente não se manifestam por longos períodos. Por isso, muitos não percebem a sua verdadeira prevalência e impacto. 


Uma pesquisa intitulada de Sanofi Canada Healthcare Survey feita em 2016 constatou que 59% dos funcionários com um plano de benefícios de saúde vivem com pelo menos uma condição crônica, mas quando os empregadores foram questionados sobre a prevalência de doenças crônicas no local de trabalho, eles estimaram o número de funcionários afetados era de apenas 32%.


Essa lacuna na conscientização significa que muitas empresas estão subestimando o impacto de doenças crônicas sobre seus locais de trabalho. O estudo feito no Canadá mostrou que pelo menos metade dos trabalhadores convive com pelo menos uma doença crônica. Isso vem se intensificando com o envelhecimento da população e com estilos de vida não saudáveis. As novas gerações também demonstram problemas crônicos cada vez mais cedo. 


A luz no fim do túnel: as doenças crônicas têm cada vez mais opções de prevenção. Por meio de uma forte cultura organizacional voltada para a saúde, empresas podem ajudar a garantir um futuro mais saudável para os colaboradores. Além disso, pode alavancar a produtividade e ajudar a gerenciar os custos dos benefícios.



A Sociedade Canadense do Câncer afirmou no estudo que 50% dos cânceres têm prevenção com a mudança de hábitos. Outra boa notícia: de acordo com a OMS, 80% das mortes causadas por problemas cardiovasculares pode ser evitada. Ou seja: saber sobre o risco que a doença crônica representa para sua organização é tão importante quanto criar uma cultura organizacional de saúde e apoiar os funcionários quando eles mais precisam.


As cinco melhores práticas para o sucesso de programas de bem-estar no ambiente de trabalho

1. Liderança - o apoio da alta gerência na criação de uma cultura saudável no local de trabalho é essencial para o sucesso duradouro do programa;


2. Políticas e Práticas - as políticas e práticas existentes da organização devem refletir uma cultura de saúde e bem-estar, caso contrário, devem ser alteradas; 


3. Comunicação - é uma ferramenta aliada no que se refere ao entendimento por parte dos colaboradores sobre o compromisso da empresa com a saúde e o bem-estar de todos. Uma comunicação eficiente determina grande parte do sucesso do programa; 


4. Programas direcionados - orientam as principais áreas de risco à saúde e aponta programas para resolvê-las. Pesquisas e testes biométricos ajudam a identificar riscos com informações sobre o estado de saúde dos colaboradores e colaboram também na medição do sucesso; 


5. Avaliações - a análise de uma estratégia de bem-estar envolve mensuração de resultados e revisão de parâmetros de referência para o sucesso do programa, bem como melhorias nos processos. 



Como uma solução simples pode impactar? Estudo de caso

Em locais de trabalho, muitos vírus e bactérias conseguem sobreviver por horas, e até dias. As típicas mesas de escritórios concentram 10 milhões de bactérias e 400 vezes mais germes do que os encontrados em um assento de banheiro. Botões de elevadores, dispensers de papel para enxugar as mãos, microondas, bebedouros, o próprio aparelho de telefone fixo do escritório, entre outros itens são verdadeiros veículos de disseminação de doenças.


Isso ressalta a importância dos hábitos de higiene de colaboradores. Neste ínterim, uma simples solução pode impactar de forma extremamente positiva a saúde das pessoas, da empresa e financeira. Foi o que demonstrou um estudo feito por quatro anos nos Estados Unidos e publicado no Journal of Occupational and Environmental Medicine. 


O programa de prevenção foi baseado na melhoria abrangente da higiene das mãos de acordo com o nível de cada colaborador. Desinfetantes para as mãos com álcool foram estrategicamente colocados no local de trabalho, bem como a implantação da cultura do hábito de lavar as mãos. Como resultados, houve a redução de solicitações reais de assistência médica e aumentou significativamente a satisfação dos funcionários no local de trabalho, além de gerar economia e bem-estar.


Esta motivação é de suma importância no ambiente corporativo, uma vez que há a percepção da preocupação da empresa com o bem-estar dos colaboradores. Automaticamente, pessoas ficam motivadas e produzem mais e melhor. Além disso, engajam-se nos projetos e participam do sucesso do programa de saúde como coadjuvantes.



Conclusão e soluções 

Para que os programas de gestão em saúde consigam levar as pessoas a categorias de menor risco, elas devem atingir uma alta taxa de participação dos colaboradores. Incentivos, comunicações e comprometimento organizacional por meio de uma cultura sustentável da saúde desempenham papéis importantes na crescente participação. 

Os empregadores estão cada vez mais usando estímulos inovadores para aumentar as taxas de participação na promoção da saúde. Os incentivos geralmente são recompensas extrínsecas (financeiras) e intrínsecas (não financeiras), projetadas para motivar os indivíduos a modificar seu comportamento, o que ajuda a reduzir os custos do plano de saúde. Normalmente, quanto mais forte a cultura da saúde e melhor a comunicação/marketing dos programas, e quanto maior o valor médio de um incentivo, maiores os níveis de participação. 

Cada empresa possui necessidades diferentes. Por outro lado, alguns planos de saúde colocam o foco na prevenção e manutenção da saúde. Isso, por si só é um grande diferencial de abordagem.

Em alguns casos, a implementação de um novo programa educacional sobre fatores de risco pode ser o mais efetivo. Mas, qual a melhor forma de entrega dentro de uma empresa? 

A E3 pode te ajudar a encontrar o caminho mais adequado para o seu time. Entre em contato conosco para conhecer as possibilidades de atuação e parceria.


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Referências:

The Scientific Electronic Library Online - Workplace Health Promotion: a path to follow

PubMed Central® (PMC) at the U.S. National Institutes of Health's National Library of Medicine (NIH/NLM) - Journal Of Occupational And Environmental Medicine - Impact of a Comprehensive Workplace Hand Hygiene Program on Employer Health Care Insurance Claims and Costs, Absenteeism, and Employee Perceptions and Practices

PubMed Central® (PMC) at the U.S. National Institutes of Health's National Library of Medicine (NIH/NLM) - Population Health Management Journal - Impact of the Prevention Plan on Employee Health Risk Reduction

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